Corpo foi descoberto ao acaso no apartamento da mulher, que estava sob condições insalubres
Em meio a uma reintegração de posse realizada no bairro Suíça, no município de Aracaju, capital do Sergipe, uma mulher de 37 anos chocou a polícia. Isso porque, no processo, as autoridades descobriram no imóvel o corpo de um homem, mantido dentro da geladeira há 7 anos, além de o local estar repleto de lixo.
Para o choque dos policiais envolvidos na ação, ainda, logo depois que eles entraram no apartamento, a mulher teria cortado os pulsos. Rapidamente ela foi encaminhada a um hospital, onde foi presa em flagrante logo em seguida.
Uma vez na delegacia, a mulher confessou ter escondido o corpo na geladeira ainda em 2016 — ele foi encontrado em avançado estado de decomposição —, mas negou ter envolvimento com a morte. A vítima, no caso, foi apontado por ela como um idoso que morava com ela, já de acordo com suspeitas das autoridades; no entanto, ainda aguardam exames de DNA para comprovar a identidade.
Ela fala que não matou, que eles conviviam em harmonia e que ela teria saído para trabalhar, e quando ela teria retornado para o apartamento em que eles viviam, ela teria encontrado ele morto. Por medo do julgamento das pessoas, ela informa que teria guardado o corpo dele na geladeira, porque ela ficou com medo do que as pessoas poderiam dizer a respeito dela", conta Roberta Flores, delegada responsável pelo caso.
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Apesar do longo tempo em que o cadáver foi mantido dentro do apartamento, os vizinhos nunca se queixaram de um possível mau cheiro proveniente da decomposição de um defunto; isso porque, em vez disso, havia incômodo com o odor do excesso de lixo acumulado no local.
Vale lembrar ainda, de acordo com o UOL, que a mulher morava na casa junto à filha de 4 anos — ou seja, quando a pequena nasceu e durante a gravidez, o corpo já era mantido no apartamento. A criança, por sua vez, foi entregue ao Conselho Tutelar, e agora deve ficar com algum familiar.
A mulher de 37 anos, por fim, foi presa e agora responde pelos crimes de ocultação de cadáver e maus tratos, dada a condição insalubre de vida no apartamento para a criança.