O caso aconteceu na Nova Gales do Sul; ela poderá ficar presa até pelo menos 2047 por assassinato na tentativa de herdar a propriedade
Uma mulher de Nova Gales do Sul foi condenada por assassinato nesta segunda-feira, 21, após ter fingido o suicídio de seu parceiro, o que teria feito para tentar herdar sua propriedade avaliada em US$ 3,5 milhões, cerca de R$ 17 milhões.
Natasha Beth Darcy, de 46 anos, foi sentenciada a uma pena de no máximo 40 anos de prisão pelo crime considerado “estúpido, desajeitado e feio” pela juíza do caso, Julia Lonergan, segundo reportou o jornal The Guardian.
Ela está presa desde 2017 e poderá receber liberdade condicional apenas em 2047. A condenação pelo assassinato do parceiro, Mathew Dunbar, aconteceu em junho do ano passado pela Suprema Corte de Nova Gales do Sul.
Dunbar, de 42 anos, foi encontrado morto em 2 de agosto de 2017 na cama de sua casa na propriedade que possui na cidade de Walcha, ao norte do país. A mulher, no entanto, informou à polícia que ele havia se matado.
Segundo Lonergan, houve um ataque coordenado feito por Darcy para matá-lo na tentativa de obter a herança, com o intuito de que ele mudasse seu testamento para incluí-la na parte da propriedade Pandora. Eles se conheceram em um site de namoro em 2014.
“Com o passar do tempo, o abuso emocional e os ataques físicos sorrateiros se transformaram em um método mais focado e infalível para alcançar o resultado que ela desejava”, explicou a juíza.
“A ofensora foi insensível, implacável e sem coração em sua busca para se livrar de Mathew. Suas mentiras e métodos eram estúpidos, desajeitados e feios, mas infelizmente foram bem sucedidos em conseguir a morte de Mathew. Eles não eram, no entanto, bons o suficiente para evitar a detecção”, acrescentou.
O promotor Brett Hatfield revelou que a mulher havia procurado uma série de maneiras de como matá-lo a partir de pesquisas no Google. Alguns tópicos incluíam aranhas, vermelhas, fungos, suicídios e uma pesquisa “como cometer assassinato”.
No relacionamento anterior, Darcy recebeu uma condenação por bater na cabeça do então marido com um martelo enquanto ele dormia. No seu histórico criminal também constava que, dias depois, ela o sedou e incendiou sua casa enquanto o companheiro dormia.