Anteriormente, acreditava-se que as vítimas morreram sufocadas em meio às cinzas. Entretanto, estudo revela que as mortes decorrentes do desastre vulcânico foram ainda mais terríveis
Um estudo da Universidade de Nápoles atestou que as vítimas do desastre vulcânico que destruiu Pompéia sofreram uma morte mais cruel que o imaginado. Até então, os especialistas concordavam que as mortes se deram por sufocamento em meio às cinzas do vulcão.
Publicada na revista Plos One, a pesquisa se focou nos restos encontrados em casas de Herculano, rica estância balneária próxima de Pompéia em 79 d.C. Examinando 100 amostras de ossos e crânios, os arqueólogos descobriram que os restos humanos, cobertos com resíduos em preto e vermelho, continham uma quantidade muito alta de ferro - indicando que estavam cobertos por sangue fervido.
Muitos dos crânios mostravam sinais de explosão, o que demonstra que o sangue atingiu uma pressão muito intensa. Segundo a pesquisa, quando as cabeças das vítimas estouraram, seus cérebros se transformaram instantaneamente em cinzas.
Apesar de terrível, a morte teria sido muito rápida, pois o calor do vulcão atingiu até 900 graus. Já em Pompeia, o calor chegou apenas a 250 graus. Por isso, lá as pessoas foram encontradas em posições contraídas e sem as evidências apresentadas pela população de Herculano.
Nem todos os cientistas da Universidade concordam que as quantidades elevadas de ferro evidenciam a fervura do sangue das vítimas. Porém, todos atestam que o gás liberado pela erupção foi tão perigoso quanto lava.