Em 1958, Just Fontaine marcou 13 gols na Copa do Mundo, estando até hoje no top5 entre maiores artilheiros do mundial; ele tinha 89 anos
Nesta quarta-feira, 1, foi anunciada a morte de Just Fontaine, o marroquino que defendeu a França na Copa do Mundo de 1958, na Suécia, onde se tornou o maior artilheiro de uma única edição do torneio: com 13 gols.
A informação sobre a morte de Fontaine, que tinha 89 anos, foi confirmada por sua própria família à AFP. A causa da morte do ex-atleta, porém, não foi divulgada.
Embora Pelé tenha sido o grande nome da primeira conquista mundial da Seleção Brasileira, marcando seis gols durante o torneio, sendo dois deles na final, o grande artilheiro do torneio foi Just Fontaine, com 13 gols.
Em termos comparativos, em todas suas participações em Copas do Mundo, o Rei do Futebol balançou as redes 12 vezes. Já o maior artilheiro de todos os tempos, o alemão Miroslav Klose, possui 16 tentos — um a mais que Ronaldo Fenômeno, o segundo colocado. O terceiro colocado também é germânico: Gerd Müller, com 14 gols. Fontaine e Messi fecham o top 5 com 13 gols cada.
Apesar do desempenho avassalador, a França de Fontaine parou justamente no Brasil de Pelé, na semifinal, quando os canarinhos venceram os Les Blues por 5x2 — Pelé anotou três gols e Fontaine um.
Com a perda de Just Fontaine, apenas três jogadores daquela seleção francesa de 1958 continuam vivos: o ex-goleiro Dominique Colonna, de 94 anos; Robert Mouynet, ex-defensor, com 82; e o ex-meia Bernard Chiarelli, de 89 anos.
Nascido em Marrakesh, no Marrocos, em 18 de agosto de 1933, Just Fontaine só disputou a Copa do Mundo de 1958 devido à lesão de último momento de Thadée Cisowski, titular absoluto do ataque francês.
O sucesso de Fontaine não se resumiu apenas a sua participação no mundial, visto que ele foi quatro vezes campeão francês (pelo Nice e Reims); ganhou duas Copas da França (pelos mesmo times); e chegou a uma final da Copa da Europa (atual Champions League), em 1959, quando o Reims perdeu de 2x0 para o Real Madri de Puskas e Di Stéfano.
Fontaine pendurou as chuteiras aos 28 anos, devido a duas fraturas em uma perna. Ele ainda se aventurou como técnico, dirigindo a seleção francesa em dois amistosos e o Paris Saint-Germain entre 1973 e 1976; sendo responsável pelo acesso do time da capital à primeira divisão em 1974. Sua última partida como treinador aconteceu em 1980, quando levou a seleção do Marrocos ao terceiro lugar da Copa da África.