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Notícias / Terry Anderson

Morre jornalista americano que, durante 7 anos, foi mantido refém no Líbano

Terry Anderson cobria a guerra civil libanesa quando foi capturado e mantido refém por 7 anos; jornalista faleceu no domingo, 21

Isabelly de Lima Publicado em 22/04/2024, às 07h47

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O jornalista Terry Anderson - Wikimedia Commons, sob licença Creative Commons
O jornalista Terry Anderson - Wikimedia Commons, sob licença Creative Commons

Terry Anderson, o ex-repórter da Associated Press no Oriente Médio que foi sequestrado em 1985 e mantido em cativeiro por quase sete anos no Líbano, faleceu aos 76 anos.

Anderson morreu em sua residência em Greenwood Lake, Nova York, no domingo, 21, conforme relatado por sua filha, Sulome Anderson. Ela comunicou à CNN que, embora seu pai tenha enfrentado grande sofrimento durante o período em que esteve cativo, ele encontrou tranquilidade nos últimos anos de sua vida.

A causa de sua morte não foi especificada, porém sua filha mencionou à AP que ele havia passado recentemente por uma cirurgia cardíaca, de acordo com a CNN Brasil.

O jornalista da trabalhou em diversos lugares, incluindo Kentucky, Tóquio, África do Sul e, por fim, no Líbano, para onde se ofereceu em 1982, após a invasão de Israel, tornando-se o principal correspondente da agência de notícias na região.

Trabalho e captura

Anderson cobriu a guerra civil do Líbano para a AP por três anos antes de ser capturado em 1985. Sua libertação ocorreu em 1991, ao término da guerra civil de 16 anos. Em sua autobiografia, intitulada "Den of Lions", ele relatou sua experiência durante o cativeiro.

Você sente muito, sente muito por sua família, sento muito por ter sido burro o suficiente para ser capturado”, disse Anderson à CNN certa vez sobre sua captura. “Sempre há uma certa culpa, mesmo que seja irracional, ela existe de qualquer maneira. Então, você só precisa ir de hora em hora”, disse ele.

“Sei que ele escolheria ser lembrado não pela sua pior experiência, mas pelo seu trabalho humanitário com o Fundo para as Crianças do Vietnã, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas, veteranos sem-abrigo e muitas outras causas incríveis”, relatou a filha.