Marina Ovsiannikova foi considerada culpada de disseminar informações falsas a respeito das Forças Armadas de seu país
Em março de 2022, a jornalista Marina Ovsiannikova decidiu segurar um cartaz ao fundo da gravação de um programa televisivo russo em que fazia críticas à guerra travada pelo Kremlin na Ucrânia.
Mais tarde naquele mesmo ano, a mulher, que na época estava sendo mantida em prisão domiciliar devido ao seu protesto, conseguiu escapar da Rússia junto de sua filha de 11 anos, conforme repercutido pelo UOL.
Ainda assim, um tribunal decidiu julgar seu caso. Ela foi condenada nesta quarta-feira, 4, tendo sido considerada culpada da acusação de espalhar "falsidades" a respeito das Forças Armadas de seu país. Como consequência, Ovsiannikova foi sentenciada a oito anos e meio de prisão.
Ao descobrir que seu caso iria a julgamento, a jornalista exilada publicou um comunicado em suas redes sociais:
Decidiram me atacar, porque não tenho medo e chamo as coisas por seus nomes (...) Óbvio que não admito minha culpa. Não nego nenhuma de minhas palavras. Tomei uma decisão muito difícil, mas a única moralmente correta em minha vida, e já paguei suficientemente alto por isso", diz ela na mensagem.
A russa ainda descreveu as acusações contra ela como "absurdas" e de "motivação política".