Ministro do STF também ressaltou que irá responsabilizar de forma 'civil, política e criminal' quem participou de atos em Brasília
Em decisão que decretou as medidas aplicadas em resposta aos ataques bolsonaristas antidemocráticos, que ocorreu na última segunda-feira, 9, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) , Alexandre de Moraes, fez referências históricas à Conferência de Munique, organizada por Adolf Hitler, e ressaltou a importância de trabalhar contra as ideologias extremistas.
Conforme noticiado pelo jornal O Globo, no texto da decisão, Moraes escreveu, em alusão ao episódio que marcou o fracasso da tentativa de acordo de paz proposta pelo primeiro-ministro inglês Neville Chamberlain com o ditador nazista da Alemanha, Adolf Hitler:
A democracia brasileira não irá mais suportar a ignóbil política de apaziguamento, cujo fracasso foi amplamente demonstrado na tentativa de acordo do então primeiro-ministro inglês Neville Chamberlain com Adolf Hitler".
O ministro do STF ainda enfatizou que irá buscar e responsabilizar de forma “civil, política e criminal” quem participou dos atos em Brasília, realizado no domingo, 8.
A Democracia brasileira não será abalada, muito menos destruída, por criminosos terroristas. A defesa da Democracia e das Instituições é inegociável".
Em outro momento, Moraes relembrou o vídeo postado pelo ex-presidenteJair Bolsonaro em suas redes sociais, na última quarta-feira, 11, em que ele coloca em pauta a fraude nas eleições de 2022. Posteriormente, o vídeo foi removido das plataformas:
O requerido, novamente, postou um vídeo, posteriormente apagado das redes sociais, em que questiona a higidez das urnas eletrônicas e o resultado das Eleições de 2022, endossando expressamente falsas narrativas de fraude na contabilização dos votos, poucos dias após o ato de terrorismo doméstico ocorrido na Esplanada dos Ministérios em Brasília/DF".
O ministro do STF, segundo o portal UOL, também pontuou outros inquéritos com o nome de Bolsonaro, como o das milícias digitais, e declarou a abertura de uma nova investigação para apontar os responsáveis pelos ataques à sede dos Três Poderes.