Duas moedas de prata cunhadas durante o Império Romano foram encontradas em uma ilha inabitada do Mar Báltico
Arqueólogos europeus encontraram duas moedas de prata, cunhadas na época do Império Romano. O que deixou eles confusos, no entanto, é que elas estavam em uma ilha remota e inabitada, no meio do caminho entre a Suécia e a Estônia. Os especialistas não sabem como elas chegaram lá, mas já começaram a teorizar sobre o assunto.
Algumas das hipóteses para como essas moedas foram parar na ilha são a possibilidade de terem sido carregadas por comerciantes nórdicos, que teriam se perdido após um naufrágio ou levadas por um navio romano que viajava até o norte da Europa.
A ilha onde as moedas foram encontradas se chama Gotska Sandön. Os artefatos romanos estavam em uma praia, com marcas de fogueiras antigas, e foram encontrados usando detectores de metal por um time de arqueólogos da Universidade Södertörn, de Estocolmo, capital da Suécia.
Agora que encontrou o dinheiro romano, o arqueólogo Johan Rönnby explica que a equipe ficou muito feliz, empolgada e instigada a empreender mais escavações no sítio arqueológico praiano da ilha isolada.
Segundo informações do site de divulgação científica LiveScience, as duas moedas romanas encontradas são "denários", cunhados na primeira metade do segundo século depois de Cristo. Uma das moedas tem o rosto do imperador Trajano, que governou entre 98 e 117 d.C., e a outra é cunhada com o selo de Antonino Pio, o imperador que governou entre 138 e 161 d.C.
Os dois tesouros históricos encontrados pesam menos de 4 gramas, e representavam o pagamento de um dia de atividade de um trabalhador. A nossa palavra portuguesa para moeda hoje, "dinheiro", vem da raiz latina "denário".
A ilha onde as moedas foram encontradas é hoje inabitada, mas já foi casa para faroleiros (as pessoas que cuidam e operam faróis) no século 19. Antes disso, o local era conhecido como propício para naufrágios, assustando muitos piratas durante os séculos.