"Felizmente temos jornalistas que procuram a verdade", escreveu Miriam em seu perfil no Twitter
A Jornalista Miriam Leitão, que foi vítima de tortura durante a ditadura militar, agradeceu na última quarta-feira, 4, colegas de profissão que desmentiram uma fake news que há anos circula nas redes sociais: a de que ela teria sido presa em 1968 por assalto a banco. A informação falsa voltou a receber destaque após o deputado federal Eduardo Bolsonaro(PL) ter realizado declarações atacando a profissional.
A fake news diz que, no dia 6 de outubro de 1968, Miriam teria assaltado o Banco Banespa da Rua Iguatemi, em São Paulo, utilizando um revólver calibre 38, junto a uma quadrilha. A narrativa ainda diz que grupo teria levado 80 mil cruzeiros, que seria o equivalente a 800 mil reais hoje em dia. Porém, nada disso ocorreu.
"Segundo AFP, g1, UOL e Lupa, a jornalista tinha 15 anos na época e vivia em Caratinga-MG, não em São Paulo, onde teria ocorrido o roubo. Além disso, Miriam não participou de luta armada contra a ditadura militar e nem consta sua participação em roubos", diz a publicação compartilhada por Leitão.
"A jornalista foi presa aos 19 anos, em 1972, por fazer parte do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), mantido na clandestinidade pela ditadura. Na ocasião, Miriam, que estava grávida, foi torturada", finalizou o texto.
Essa mentira sempre volta. Felizmente temos os jornalistas que procuram a verdade. 👇🏽👇🏽 pic.twitter.com/4zQstewMSZ
— Míriam Leitão (@miriamleitao) April 4, 2022