O governo Macron determinou que apenas pessoas vacinadas ou que apresentem teste negativo para a Covid-19 poderão acessar ambientes fechados
Milhares de pessoas se reuniram em protestos na França, na última sexta-feira, 21. Os manifestantes protestaram contra o passaporte sanitário, o qual determina que apenas pessoas que tenham sido completamente imunizadas ou que apresentem um teste negativo para a Covid-19 possam utilizar inúmeros serviços no país.
"Tome a vacina se quiser, mas somos contra um passaporte para entrar no hospital ou para ir às compras, exigimos a revogação da lei", declarou Jêrome Rodrigues, do movimento dos "coletes amarelos", na cidade de Pau, que fica na região dos Pirineus franceses.
Já em Lille, onde se concentraram cerca de 3.200 manifestantes, uma faixa estendida dizia: "Tiremos Macron, com seu passaporte e suas reformas estúpidas".
A nova medida do governo de Emmanuel Macron para conter a pandemia de Covid-19 prevê que o acesso a restaurantes, cinemas, bares e trens sejam negados a pessoas não vacinadas ou que não apresentem teste negativo contra a doença.
Outro ponto criticado é que o teste, hoje gratuito, passará a ser cobrado dentro de alguns meses para aqueles que não apresentarem um pedido médico.
Monique Bourhis, que tem 75 anos e não está vacinada, afirma não ser contrária à vacina, mas não quer receber os imunizantes que estão sendo aplicados no país, que são os da Astrazeneca, Pfizer e Moderna. "Estou esperando a francesa", disse a idosa enquanto participava do protesto em Paris.