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Notícias / Espaço

Mais de 500 rajadas rápidas de rádio são detectadas por telescópio canadense

Dados radiotelescópio CHIME ajudaram a lançar uma luz sobre o fenômeno que, até então, era considerado extremamente raro

Fabio Previdelli Publicado em 07/07/2021, às 15h22

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O sistema CHIME - Divulgação/Dominion Radio Astrophysical Observatory na Colúmbia Britânica
O sistema CHIME - Divulgação/Dominion Radio Astrophysical Observatory na Colúmbia Britânica

Como explica artigo do MIT, desde 2007 astrônomos começaram a registrar um fenômeno de causa misteriosa chamado FRB, que em tradução livre seria algo como ‘rajadas rápidas de rádio’.

Esses disparos, que duram milésimos de segundo, liberam grandes quantias de energia pelo universo. 

Ainda não se sabe explicar o que causa esse tipo de explosão, embora a principal hipótese aponte para eventos magnetares, como explica o CanalTech. Até 2017, esse tipo de evento era considerado extremamente raro, já que apenas 140 explosões em todo o universo haviam sido registradas. 

Porém, um recente levantamento feito por dados coletados pelo radiotelescópio CHIME (Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment) mostra que os FRBs são mais comuns do que se imaginava, afinal, logo no seu primeiro ano de atuação, o CHIME detectou mais de 500 desses eventos.  

Origem de algumas FRBs detectados pelo telescópio Hubble/ Crédito: NASA/ESA

Dados de 2019, de outro estudo, apontou que as ondas de rádios foram registradas em uma distância de 1,5 bilhão de anos-luz. Segundo os cientistas afirmaram na época, todos os 13 registros vieram de uma única fonte. 

Agora, porém, com novos dados, que foram apresentados no American Astronomical Society Meeting, descobriu-se que os FRBs podem ser divididos em duas categorias: os sinais repetitivos e os que acontecem uma única vez.

Além de tempos de duração diferentes, com os repetitivos sendo um pouco mais duradouros, também descobriu-se que eles possuem origens diferentes.  

Com essas informações, os cientistas, agora, tentam descobrir quais as fontes desses fenômenos e esperam que, através disso, consigam usá-las para mapear a distribuição de gás em todo o universo.