Navio era companheiro do lendário HMS Terror e naufragou durante a macabra Expedição Franklin, a tragédia no Artico
Em 1846, o HMS Erebus partiu de Greenhite, na Inglaterra, com um navio companheiro, o HMS Terror, em uma missão para abrir uma Passagem Noroeste através do Ártico. Entretanto, eles jamais cumpriram seu objetivo.
Agora, mais de 170 anos depois do naufrágio que vitimou uma tripulação de 128 pessoas, segredos sobre a embarcação continuam sendo descobertos. Entre agosto e setembro do ano passado, mergulhadores realizaram 93 expedições subaquáticas para explorar os vestígios do HSM Erebus — os resultados dessa busca foram divulgados nos últimos dias por pesquisadores da Parks Canada.
No período de três semanas, a equipe — que passou cerca de 110 horas embaixo d’água — encontrou mais de 350 artefatos, entre eles estão: dragonas do uniforme de um tenente, pratos de cerâmica, uma escova de cabelo com cabo de madeira de cetim, cerdas de javali ou porco-espinho e uma caixa de lápis com o conteúdo ainda dentro.
Vários objetos recuperados pertencem ao capitão do navio, Edmund Hoar, o que também inclui um lacre com uma impressão digital. Segundo os pesquisadores, parte do que faz do Erebus um sítio arqueológico único é como as águas geladas do Ártico ajudaram a preservar os destroços da embarcação.
“Sempre dissemos que o potencial de encontrar coisas assim era grande por causa da água fria. E [após as buscas] isso foi confirmado”, disse Marc-André Bernier, um dos pesquisadores da Parks Canada. "Estamos encontrando lugares que não foram deslocados ou movidos desde que o navio afundou”.
Atualmente, os objetos estão alojados nos Laboratórios de Conservação da Parks Canada em Ottawa, onde serão fotografados após serem submetidos a uma série de análises preliminares.
Confira outras imagens dos artefatos: