Mais de 19 mil artefatos históricos são recuperados em operação internacional de combate ao tráfico
Os itens foram resgatados em 300 investigações separadas, realizadas em 100 países, resultando em 101 prisões
Vanessa Centamori Publicado em 09/05/2020, às 13h56 - Atualizado às 14h00
Graças à uma enorme operação da Interpol, Europol e Organização Mundial das Alfândegas, mais de 19 mil artefatos históricos foram recuperados. São itens variados, como moedas raras, fósseis e obras de arte.
Em comunicado, as organizações que lideraram a operação, batizada sob o nome de Athena II, relataram que foram feitas 300 investigações separadas em mais de 100 países, resultando em 101 prisões. As apreensões mobilizaram autoridades policiais de todo o mundo.
Para se ter uma ideia, somente oficiais do Afeganistão recuperaram 971 artefatos culturais, que estavam prestes a partir ilegalmente do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em Cabul.
No aeroporto de Barajas, em Madrid, na Espanha, foram resgatadas joias de ouro e até uma rara máscara dourada, feita do mesmo material precioso. Enquanto isso, forças policiais da Argentina e da Letônia apreenderam 2,5 mil e 1,3 mil moedas históricas, respectivamente.
Nos resgates estavam ainda itens de cerâmica, pinturas e armas antigas, além de mais de 100 detectores de metais, utilizados por traficantes de artefatos de valor histórico. Sobre os crimes, a diretora executiva da Europol, Catherine de Bolle, afirmou que geralmente os mesmos grupos costumam atuar nos roubos, movimentando muito dinheiro.
"Dado que esse é um fenômeno global que afeta todos os países do planeta - seja como fonte, trânsito ou destino - é crucial que todos os agentes da lei trabalhem juntos para combatê-lo " disse de Bolle.
Os investigadores afirmam que quase um terço dos itens recuperados foi descoberto online, com policiais monitorando sites ilegais de venda na Internet. Esses meios digitais são "veículos importantes" para o tráfico e sempre deixam rastros, segundo o secretário geral da Organização Mundial das Alfândegas, Kunio Mikuriya.
A operação em questão, a Athena II, é uma parceria com uma investigação europeia, chamada Operação Pandora IV. Ambas foram concluídas em 2019, mas só agora detalhes vieram a público, "devido a razões operacionais".
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