Menos de 24 horas após o primeiro bombardeio, Israel promoveu um novo ataque à região
As Forças de Defesa de Israel atacaram nesta quarta-feira, 1, o campo de refugiados de Jabalia, o maior na Faixa de Gaza, de acordo com relatos das autoridades palestinas. Um ataque aéreo atingiu Al-Faluja, uma área residencial a oeste de Jabalia.
A conta oficial do Estado palestino nas redes sociais relatou a existência de "dezenas" de vítimas, mas ainda não especificou o número exato. De acordo com informações do portal UOL, esse é o segundo ataque à região em menos de 24 horas.
O bombardeio anterior, que atingiu uma área densamente povoada, causou pelo menos 50 mortes e deixou 150 feridos, de acordo com as equipes de resgate.
Israel alegou que o alvo do ataque era um líder militar do grupo extremista Hamas, que foi morto. Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel inclusive chegou a afirmar que o campo de refugiados seria um "alvo legítimo".
Em uma entrevista à CNN, o tenente-coronel Phil Mattingly defendeu a ação, argumentando que havia uma necessidade militar clara, dado o contexto em que um líder extremista e seus associados estavam planejando novos ataques.
A ONU condenou o ataque ao campo de refugiados, classificando-o como uma "atrocidade". O chefe humanitário da organização, Martin Griffiths, expressou seu pesar em relação ao novo bombardeio.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza relatou que 8.796 palestinos foram mortos desde o início da guerra. Entre as vítimas, 3.648 eram crianças.