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Notícias / Estados Unidos

Mãe obriga filhos a conviverem com corpo em decomposição de irmão há mais de um ano

Kendrick Lee, de oito anos, foi morto a pancadas pelo namorado de sua mãe; e seu corpo em decomposição foi mantido em casa por cerca de um ano

Redação Publicado em 13/11/2024, às 14h00

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Imagem ilustrativa - Pixabay
Imagem ilustrativa - Pixabay

Em um caso que chocou a comunidade e autoridades, Gloria Williams, de 38 anos, foi condenada nesta terça-feira, 12, a 50 anos de prisão por obrigar seus filhos a viverem com o corpo em decomposição do irmão de oito anos em um apartamento insalubre, infestado de baratas.

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Williams havia admitido a culpa em outubro por duas acusações de lesão corporal infantil. O caso envolvia o menino Kendrick Lee, de oito anos, que foi morto a pancadas pelo namorado de Williams, além de abusos contra outra criança, conforme relatado por fontes locais.

Corpo guardado

A descoberta do corpo do menino pelas autoridades ocorreu em outubro de 2021. Os policiais que atenderam a ocorrência descreveram o cenário como o mais perturbador de suas carreiras, afirmando que parecia "horrível demais para ser real".

Os três irmãos de Lee, abandonados no local, estavam vivendo sozinhos há meses quando foram encontrados. Eles apresentavam sinais de desnutrição e fome no apartamento vazio do Condado de Harris, no Texas, Estados Unidos, que estava infestado de moscas e baratas e tinha o carpete sujo.

Segundo as investigações, as crianças aguardavam que Williams informasse às autoridades sobre a morte do irmão, ocorrida pelas mãos do namorado dela, Brian Coulter. No entanto, essa ligação nunca foi feita pela mãe. Foi o irmão mais velho sobrevivente, então com 15 anos, que superou o medo e notificou as autoridades. Na ocasião do resgate, os outros dois irmãos tinham 7 e 10 anos.

Durante uma audiência judicial que durou quase dois dias, discutiu-se extensivamente o papel de Williams na morte de Lee. Seus advogados alegaram que Coulter era o principal responsável pelos abusos. Em abril, Coulter recebeu sentença de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional pelo assassinato de Lee. As investigações indicaram que ele agredia regularmente as crianças menores e matou Lee por volta do feriado de Ação de Graças em 2020.

Meses após a agressão fatal, Williams e Coulter se mudaram para outro apartamento a cerca de 25 minutos de distância, deixando os três irmãos sobreviventes para cuidarem de si mesmos enquanto o corpo do irmão se deteriorava lentamente.

Após sua prisão, Williams abriu mão dos direitos parentais sobre seus filhos. As duas crianças mais novas foram adotadas e o irmão mais velho foi colocado sob os cuidados de uma família adotiva.