Fala vem após suspensão da implementação do novo sistema de ensino, que inicialmente vai durar 60 dias
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente do Brasil, afirmou nessa quinta-feira, 6, que não vai revogar o Novo Ensino Médio, e sim discuti-lo. A fala sobre a postura do governo federal vem em sequência à suspensão da implementação desse novo sistema educacional. Segundo o chefe do Executivo brasileiro, é preciso discutir maneiras de "aperfeiçoar" o modelo renovado e suas diretrizes.
Na última quarta-feira, 5, o Ministério da Educação (MEC) publicou uma portaria (documento com ordens sobre a aplicação das leis que vem do poder executivo) que suspende os prazos de implementação do Novo Ensino Médio por 60 dias.
Isso não altera o dia a dia das escolas na prática, que devem continuar seguindo as novas diretrizes que já estavam sendo usadas, sendo uma suspensão com a intenção de discutir o novo modelo de ensino médio.
Segundo a coluna da jornalista Ana Flor no g1, Lula disse a jornalistas em um café no Palácio do Planalto que o governo não vai revogar o pacote educacional.
“Não vamos revogar. Suspendemos e vamos discutir com todas as entidades interessadas em discutir como aperfeiçoar o ensino médio nesse país (...) Nós vamos suspender por um período, até fazer um acordo que deixe todas as pessoas satisfeitas com o ensino médio nesse país", explicou ele na ocasião.
Camilo Santana (PT), o ministro da Educação, está cumprindo uma decisão da comissão de educação da transição de governo, como explicou Lula. Essa equipe da transição se reuniu em novembro e dezembro de 2022, e apontou problemas no Novo Ensino Médio e na maneira como ele estava sendo implementado.
O ministro do MEC ainda afirma que não houve discussão sobre a implementação do sistema pelos ocupantes anteriores da pasta da Educação no governo federal. Essa suspensão teoricamente servirá ao propósito de discutir o modelo do Novo Ensino Médio, avaliar e reestruturar a política nacional de educação.