No entanto, em depoimento para a Polícia Federal, Milton Ribeiro negou favorecimento dentro do ministério
Na noite da última quinta-feira, 31, o ex-ministro da educação, Milton Ribeiro, prestou depoimento para a Polícia Federal, em Brasília, após deixar o cargo por ter sido alvo de denúncias. Ele foi acusado de favorecer pastores na distribuição das verbas da pasta e foi exonerado na segunda-feira, 28.
Em seu depoimento, o ex-ministro confirmou para a polícia que cedeu ao pedido do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, para receber o pastor Gilmar Silva. Entretanto, Milton afirma que não houve favorecimento em relação aos líderes religiosos.
De acordo com informações publicadas pelo portal de notícias g1, na semana passada, uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo realizou a denúncia de que dentro do Ministério da Educação haveria um grupo formado por pastores, que controlavam a liberação das verbas e também a agenda do MEC.
Além disso, foi divulgado um áudio em que Ribeiro afirma que atendeu ao pedido de Bolsonaropara repassar quantias enviadas para municípios, que seriam indicados pelo pastor Gilmar.
Para a polícia, o ex-ministro confirmou que recebeu o religioso, no entanto, afirmou que o áudio foi tirado de contexto e que não seria possível que o Ministério da Educação favorecesse pessoas específicas. Milton pediu uma perícia a respeito do caso.