No Instagram, Hamilton afirmou que ficou 'decepcionado' com a decisão e cobrou atitudes do governo de Uganda
Redação Publicado em 24/03/2023, às 14h37
Nesta sexta-feira, 24, Lewis Hamilton, piloto de Fórmula 1, se pronunciou em suas redes sociais a respeito da aprovação de um projeto de lei em Uganda que criminaliza a identificação de pessoas como LGBTQIA+. Nos stories do Instagram, Hamilton disse que ficou "decepcionado" e cobrou atitudes do governo do país da África Oriental.
Como se o mundo já não tivesse problemas suficientes. Isso é tão decepcionante. Governo de Uganda, vocês precisam desfazer isso imediatamente!", disse Lewis.
Segundo informações do portal Globo Esporte, a medida foi aprovada por autoridades de Uganda na última terça-feira, 21, durante sessão no Parlamento, e prevê até 14 anos de prisão para pessoas em relacionamento homoafetivo ou que se identifiquem com a comunidade LGBTQIA+. Agora, o presidente Yoweri Musevenipoderá vetar ou aprovar o texto. Em pronunciamento, David Bahati, do partido Movimento de Resistência Nacional, afirmou:
Nosso Deus criador está feliz com o que está acontecendo. Eu apoio o projeto de lei para proteger o futuro de nossos filhos. Trata-se da soberania de nossa nação, ninguém deve nos chantagear nem nos intimidar".
Conforme comunicado da ONU (Organização das Nações Unidas), a entidade condenou a lei e a classificou como "draconiana", ou seja, severa:
É uma massiva distração das ações necessárias para por fim à violência sexual. Esta lei, se assinada em vigor, terá sérias repercussões negativas para a sociedade como um todo, e corroerá os ganhos obtidos ao longo dos anos".
O heptacampeão da Mercedes é conhecido por ser engajado com causas sociais, como a luta pela diversidade racial dentro do automobilismo e a preservação do meio ambiente. Além disso, Hamilton é um grande apoiador da comunidade LGBTQIA+, utilizando o alcance da competição da F1 para se expressar e demonstrar seu respaldo.
Anteriormente, em 2021, o britânico passou a usar em seu capacete um adesivo com a bandeira inclusiva do grupo e protestou, juntamente com o tetracampeão de F1, Sebastian Vettel, acerca de uma norma anti-LGBTQIA+ discutida pelos governantes da Noruega.
