Desaparecida desde de 1970, a peça remete a uma mulher germânica do século 18 que inspirou o conto de fadas
Uma lápide associada ao que seria a Branca de Neve da vida real foi recentemente apresentada durante uma exposição do museu alemão de Bamberg. O local de descanso abriga os restos de uma senhora germânica do século 18 chamada Maria Sophia von Erthal, de uma família rica da elite de uma vila da Baviera.
Dentre as semelhanças com a figura da Branca de Neve, destacam-se o fato de que ela era uma moça atraente e benevolente, cuja mãe morreu e o pai casou-se com uma madrasta cruel.
O diretor do museu, Holger Kempkens, afirmou que “a história da vida de Sophia era bem conhecida no início do século 19” e que ela teria servido de inspiração para o conto de fada. É sabido que ela foi hostilizada pela madrasta, que a impediu de casar e a obrigou a fugir e viver com anões. Os anões são uma referência aos nanicos e crianças que trabalhavam nas minas da região.
A história que conhecemos é a versão coletada pelos Irmãos Grimm na Alemanha do século 19. Nessa versão, o caso de perseguição, fuga e envenenamento que a pobre mulher teria sofrido foi floreada. Assim, a história ficou mais agradável.
No entanto, desde o século 18 que se reconhece a história em sua forma bruta. Isso inclui as diversas semelhanças que a madrasta de Maria Sophia tinha com a Rainha Má, a ponto de ter ganhado um sepultamento de destaque na cidade.
A tumba foi transferida para Alemanha no século 19, quando o cemitério onde estava foi demolido e os restos foram levados para um hospital. Após uma reforma no local em 1970, a lápide desapareceu e foi recuperada por uma família local. Em seguida, foi doada para o Museu Diocesano local em Bamberg.