Construído a partir de material reciclado, o braço mecânico tem como objetivo facilitar a vida de pessoas com deficiência
Na última segunda-feira, 25, dois jovens do Quênia chamaram atenção da comunidade científica ao criarem um braço robótico movido a sinais cerebrais. Moradores de Kikuyu, condado de Kiambu, os inventores chamam-se David Gathua e Moses Kinua.
Em entrevista à BBC, os jovens afirmaram que queriam facilitar a vida de pessoas com deficiência. O dispositivo, assim, usa de Inteligência Artificial e de uma interface cérebro-computador para conectar o usuário diretamente ao mecanismo.
"Quase um milhão de pessoas vivem sem um membro superior ou inferior, então pensamos em como podemos ajudá-los a se locomover em suas atividades diárias", disse Kinua. O problema, então, era descobrir como tirar o projeto do papel.
Sem acesso a materiais de qualidade, os jovens construíram um braço protético com peças de computador descartadas e madeira reciclada. Resolvido o problema, eles se inspiraram “em filmes como Robocop" para modelar o braço, segundo explicou Gathua.
Utilizando conhecimentos aprendidos nos livros e em um grupo de ciências do ensino médio, os jovens montaram seu protótipo. “Ele age de acordo com a maneira como você pensa”, explicaram os inventores orgulhosos ao site K24.
“Se você pensa em levantar o braço ou acenar, a tecnologia o fará de acordo com o seu desejo. Apenas pensando em uma ação, um usuário pode operar um veículo, ligar e desligar as luzes, bem como operar um computador”, disseram, por fim.