Morte de Mukesh Chandrakar, que investigava irregularidades em um projeto rodoviário, desencadeia protestos e exige punição para os culpados
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 06/01/2025, às 19h30
A Índia está chocada com o brutal assassinato de Mukesh Chandrakar, um jornalista investigativo de 28 anos que trabalhava em um canal no YouTube chamado Bastar Junction. Seu corpo foi encontrado em uma fossa séptica, com sinais de espancamento violento, após ter desaparecido no início de janeiro.
Chandrakar estava investigando supostas irregularidades em um projeto rodoviário de milhões de dólares na região de Bastar, conhecida por sua rica em minerais, mas também por altos índices de corrupção e violência. Seus trabalhos jornalísticos haviam atraído a ira de um empreiteiro local, que, segundo a polícia, está entre os suspeitos do crime.
A morte do jornalista desencadeou uma onda de protestos e indignação na Índia. O Press Council of India e o Editors Guild of India exigiram uma investigação completa e punição exemplar para os responsáveis, destacando a crescente insegurança enfrentada por jornalistas no país, especialmente aqueles que investigam temas sensíveis.
A polícia prendeu quatro pessoas, incluindo um parente de Chandrakar, que confessou ter participado do crime. A autópsia revelou a brutalidade do assassinato, com o jornalista tendo sofrido múltiplas fraturas e ferimentos internos.
O caso do indiano chama a atenção para a crescente violência contra jornalistas na Índia. O país ocupa uma posição alarmante no Índice Mundial de Liberdade de Imprensa, refletindo um ambiente cada vez mais hostil para aqueles que exercem a profissão.
Segundo o 'Independent', a morte do jornalista também levanta questionamentos sobre a impunidade de crimes na Índia e a necessidade de maior proteção para aqueles que investigam casos de corrupção e abusos de poder.
O governo do estado de Chhattisgarh condenou o crime e prometeu uma investigação rigorosa, mas a família de Chandrakar e a comunidade jornalística exigem medidas concretas para garantir a segurança dos profissionais da imprensa e combater a impunidade.
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