Shireen Abu Akleh foi baleada na cabeça em maio deste ano
No dia 11 de maio, a jornalista palestina-americana Shireen Abu Akleh, da Al-Jazeera, foi morta após ser baleada na cabeça enquanto estava em missão no território palestino. À época, o governo de Israel alegou que Shireen foi alvejada por um disparo feito por ‘terroristas palestinos’.
No entanto, nesta segunda-feira, 4, um comunicado publicado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos concluiu que a jornalista foi morta por tiros que partiram de posições onde estavam soldados israelenses.
O órgão, porém, alegou que não é possível chegar a uma “conclusão definitiva” sobre a origem da bala — que foi entregue para análise pela Autoridade Palestina (AP) — e que não há razões para acreditar que a morte da profissional foi intencional.
Os especialistas em balística determinaram que a bala estava gravemente danificada, o que impediu chegar a uma conclusão clara", apontou o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em nota, segundo repercutido pela AFP.
Price ainda indicou que foi feita uma "análise forense extremamente detalhada" com examinadores externos. "Ao finalizar ambas as investigações, o USSC [Coordenador de Segurança dos EUA] concluiu que o disparo de posições da IDF [Forças de Defesa de Israel] foi provavelmente responsável pela morte de Shireen Abu Akleh".
A confirmação vem de encontro com o relatado pela ONU no último dia 24 de junho. Na ocasião, conforme relatado pela equipe do site do Aventuras na História, o órgão declarou que, segundo uma apuração minuciosa feita por especialistas, a jornalista palestina Shireen Abu Akleh, do canal ‘Al Jazeera’, foi executada à tiros pelas forças israelenses no dia 11 de maio.
Todas as informações que conseguimos - incluindo as do exército israelense e do procurador-geral palestino - corroboram que os tiros que mataram Abu Akleh e feriram seu colega Ali Sammoudi vieram das forças de segurança israelenses e não de tiroteios indiscriminados de palestinos armados", afirmou Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas, em audiência na ONU.
Em um vídeo obtido pela rede americana ‘CNN”, especialistas contratados afirmam que o tiro que atingiu a jornalista partiu da mesma distância da qual forças israelenses se encontravam. Não havia nenhum tipo de confronto no momento.