Caso de Shireen Abu Akleh chega em conclusões revoltantes para a população palestina
A Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou hoje, 24, que segundo uma apuração minuciosa feita por especialistas, a jornalista palestina Shireen Abu Akleh, do canal ‘Al Jazeera’, foi executada à tiros pelas forças israelenses no dia 11 de maio.
"Todas as informações que conseguimos - incluindo as do exército israelense e do procurador-geral palestino - corroboram que os tiros que mataram Abu Akleh e feriram seu colega Ali Sammoudi vieram das forças de segurança israelenses e não de tiroteios indiscriminados de palestinos armados", afirmou Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas, em audiência na ONU.
Em um vídeo obtido pela rede americana ‘CNN”, especialistas contratados afirmam que o tiro que atingiu a jornalista partiu da mesma distância da qual forças israelenses se encontravam. Não havia nenhum tipo de confronto no momento.
Mesmo com pouco tempo de confirmação da ONU sobre a causa da morte, a lamentação e revolta pelas conclusões das investigações, já são vistas ainda nas declarações de Ravina Shamdasani.
“É profundamente perturbador que as autoridades israelenses não tenham conduzido uma investigação criminal sobre o caso", continuou em seu relato a porta-voz.
Acerca das repercussões na Palestina sobre a morte da correspondente internacional, a diplomata da organização falou do impacto que ela viu no país nos últimos meses.
“A morte de Shireen Abu Akleh, muito conhecida e respeitada na região, gerou forte comoção e revolta. Milhares de pessoas foram ao funeral da jornalista, no dia seguinte em Jerusalém, onde policiais israelenses também foram criticados por entrar em confronto com um grupo que seguia o cortejo, inclusive com homens que sustentavam o caixão com o corpo”, completou.
Conforme a apuração feita pelo portal 'UOL', o canal "Al Jazeera", do qual Abu Akleh era uma das repórteres mais antigas, levou o caso ao Tribunal Internacional de Haia.