Yaakov Weissmann, que sobreviveu a perseguição dos nazistas, voltou a se esconder após os ataques do Hamas
O judeuYaakov Weissmann passou sua infância na França se escondendo dos nazistas que perseguiram seu povo pela Europa. Hoje, com 83 anos, ele evitou a morte mais uma vez, ao escapar do grupo extremista Hamas.
Após mais de uma semana desde o ataque em Israel, realizado no dia 7 de outubro, ele compartilhou a “tristeza” e a “raiva” que sente ao lembrar das 20 vidas perdidas na cidade israelense de Netiv Haassara. “Conheci muitos deles pessoalmente.” disse o agricultou aposentado.
Confrontados por membros do Hamas, ele e sua esposa se esconderam em um abrigo, armados com um revólver, e chegaram a ouvir metralhadoras. Ao sair do bunker, Weissmann relembra ter se sentido aliviado ao descobrir que seus filhos, netos e bisnetos estavam bem.
Conforme repercutido pelo portal de notícias da Folha de Pernambuco, alguns de seus vizinhos foram mortos ou sequestrados pelo grupo extremista.
Yaakov Weissmann, nasceu em 1940, na França, filho de pais poloneses, que haviam fugido de sua terra natal em 1933. Quando ele tinha apenas 4 anos, seu pai foi preso e deportado para o campo de concentração de Auschwitz. Ele então passou a morar com sua irmã em uma aldeia nos arredores de Lyon, onde fora acolhido por uma família não judia, que se passava por seus tios.
Em 1959, ele se mudou para um kibutz israelense na fronteira com a Jordânia, visando “trazer a terra de volta à vida”. Ele partiu com rumo ao Sinai egípcio, ocupado por Israel em 1967, onde fundou um assentamento agrícola batizado de Netiv Haassara.
O local foi evacuado em 1982 pelas autoridades israelenses em razão de um acordo de paz com o Egito, levando Weissmann a realocar sua família para uma região a menos de 500 metros da Faixa de Gaza, onde eles construíram a aldeia de mesmo nome.