Promotor de Los Angeles recomenda pena com possibilidade de liberdade condicional para Lyle e Erik Menendez, condenados por matar os pais em 1989
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 25/10/2024, às 21h00
O caso que chocou a América nos anos 90 e continua a fascinar o público voltou aos holofotes. Na última quinta-feira, 24, o promotor público do Condado de Los Angeles, George Gascón, apresentou uma recomendação surpreendente: que os irmãos Lyle e Erik Menendez, condenados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional pelo assassinato dos pais em 1989, sejam reavaliados e possam ter suas penas reduzidas.
Gascón propõe que os irmãos, hoje com 56 e 53 anos, respectivamente, sejam condenados a 50 anos de prisão perpétua, mas com a possibilidade de liberdade condicional. Essa medida se baseia no fato de que ambos eram considerados "jovens infratores" na época do crime, com menos de 26 anos.
A decisão final caberá a um juiz do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, mas a recomendação do promotor já gerou grande repercussão. Ainda não há data definida para a análise, mas, segundo Nancy Theberge, do escritório de George Gascón, disse ao 'USA Today', a petição deve chegar ao juíz em 30 a 40 dias.
O conselho avaliará principalmente se eles estão reabilitados e seguros para serem soltos", disse Gascón ao 'USA Today'.
Se aprovada, a nova sentença tornaria os irmãos elegíveis para liberdade condicional, abrindo a possibilidade de que eles possam ser libertados após cumprir parte da pena. "É bem possível que haja membros deste escritório presentes no tribunal se opondo à nova sentença", seguiu o promotor ao 'USA Today'.
Segundo a 'People', a defesa dos irmãos, representada por Mark Geragos, é ainda mais otimista. O advogado afirmou em entrevista ao programa 'Good Morning America' da ABC que espera ter os irmãos em casa até o Dia de Ação de Graças e acredita que uma audiência para decidir seu futuro possa acontecer antes do previsto.
O caso Menendez sempre foi cercado de controvérsia. Os irmãos alegaram ter agido em legítima defesa, motivados por anos de abuso sexual por parte do pai. "Eles foram submetidos a uma grande quantidade de disfunções em casa e abuso sexual. Acredito que, segundo a lei, uma nova sentença seja apropriada", afirmou George ao 'USA Today'.
Após dois julgamentos, um deles terminando em impasse, os irmãos foram condenados em 1996 por homicídio de primeiro grau e sentenciados à prisão perpétua. O caso ganhou ainda mais notoriedade com o lançamento da série de Ryan Murphy na Netflix, 'Monstros - Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais', que retrata os acontecimentos e as personalidades envolvidas.
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