Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Estados Unidos

Após 27 anos, juiz admite ‘inexperiência’ e liberta homem preso nos EUA

Walter Johnson havia sido condenado a cinco penas de prisão perpétua pelo juiz Frederic Block, em Nova York, nos Estados Unidos

Redação Publicado em 21/10/2024, às 12h40

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Fotografia ilustrativa da grade de uma prisão - Getty Images
Fotografia ilustrativa da grade de uma prisão - Getty Images

Em 1997, Walter Johnson foi condenado a cinco penas de prisão perpétua pelo juiz Frederic Block, em Nova York, por crimes como roubo, posse de drogas e manipulação de testemunhas. Na época, Block considerou Johnson um perigo para a sociedade.

No entanto, 27 anos depois, o mesmo juiz mudou sua posição, afirmando que a punição havia sido excessiva, "fruto de leis rígidas e sua própria inexperiência". Na última quinta-feira, 17, Block ordenou a libertação de Johnson, que passou 16 anos preso em uma penitenciária de Nova York, repercute o jornal norte-americano The New York Times. 

'Amadurecimento'

Block, agora com 90 anos, destacou em sua decisão que, "assim como os prisioneiros evoluem, os juízes também amadurecem com o tempo". Ele admitiu que as mudanças nas leis e na percepção sobre reabilitação o levaram a reconsiderar a sentença de Johnson, em consonância com sua própria filosofia expressa em seu livro "Uma Segunda Chance: Um Juiz Federal Decide Quem Merece" sobre sentenças excessivamente punitivas.

E, apesar de um histórico de violência e crimes graves, Johnson, com 61 anos, manteve um comportamento exemplar na prisão, participando de programas de reabilitação e ajudando outros detentos. Sua advogada, Mia Eisner-Grynberg, argumentou que sua sentença original não refletia os padrões atuais.

O juiz não percebe que o que ele fez foi, na verdade, uma das melhores lições que já me foram ensinadas. Ele realmente salvou minha vida porque, quando eu estava na sociedade, eu não pensava muito em mim mesmo", disse Johnson ao NY Times.