Tecnologias já tentaram registrar a nebulosa com qualidade, mas essa é a primeira imagem nítida; registro pode explicar evolução de matéria espacial
Publicado em 30/04/2024, às 17h29
O famoso Telescópio Espacial James Webb (JWST) capturou a imagem mais detalhada já registrada da Nebulosa Cabeça de Cavalo, um dos objetos mais singulares do cosmos. Essa fotografia inédita abre portas para estudos aprofundados sobre a interação entre a radiação e o meio interestelar.
Localizada a cerca de 1.300 anos-luz da Terra na constelação de Órion, a Cabeça de Cavalo se destaca por sua forma peculiar, esculpida por um denso pilar de gás e poeira que resiste à erosão do tempo. Essa estrutura foi descoberta no final do século 19 e, desde então, fascina os astrônomos.
A nebulosa reside em uma região dominada por fótons, conhecida como PDR (Região de Recombinação Foto-Elástica). Nessa zona, a luz ultravioleta de estrelas jovens cria um ambiente com gases de carga neutra e temperatura elevada, permitindo a emissão de luzes que servem como ferramentas para estudar os processos físicos e químicos da evolução da matéria interestelar em nossa galáxia e em todo o Universo.
Devido à sua proximidade à Terra em comparação com outras nebulosas, a Cabeça de Cavalo se torna um objeto crucial para pesquisas que visam compreender melhor a interação entre a radiação e o meio interestelar, além de aprofundar o conhecimento sobre as PDRs, segundo a CNN Brasil.
Com base nos dados obtidos a partir da nebulosa, os astrônomos pretendem desvendar os segredos da evolução de suas propriedades físicas e químicas, evidenciando a formação de estrelas e outros fenômenos cósmicos.