Segundo o médico, o vídeo não passou de uma ‘uma encenação teatral, como se fosse um filme’
Um vídeo circulando nas redes sociais que mostra um jovem negro acorrentado, filmado por um médico, fez com que o homem fosse investigado por injúria racial. Agora, ele afirma que a gravação não passou de uma “zoeira” e que o registro foi feito “como se fosse um filme”.
No vídeo, o rapaz aparece com correntes nos pés e algemas nas mãos, além de ter o pescoço preso por um ferro. O registro foi feito na cidade de Goiás e publicado na última terça-feira, 15, no perfil do profissional.
É possível ouvir o médico falando: "Falei para estudar, mas não quer. Então vai ficar na minha senzala".
Como noticiou o jornal O Globo, o homem investigado afirmou na rede social que não havia “intenção nenhuma de magoar, irritar e nenhuma apologia a nada”. Ele também disse que é amigo do jovem e que o “roteiro” teria sido feito em conjunto.
“Ele é meu amigo e gostaria de pedir desculpa se alguém se sentiu ofendido. Foi uma encenação teatral. Desculpa”, acrescentou.
Em um segundo vídeo, o rapaz filmado aparece alegando que o médico é "como um pai" e que o "ajuda em tudo".
O caso está sendo investigado desde que a gravação em que o jovem negro acorrentado viralizou na web. O delegado responsável, Gustavo Barreto, informou que a filmagem teria sido feita em uma escola na zona rural da cidade.
“Vamos apurar se o fato se trata apenas de uma brincadeira de profundo mau gosto ou de possível prática de constrangimento ilegal ou injúria racial”, declarou o delegado ao portal G1.