O artefato, encontrado em Mogi das Cruses, é semelhante a um explosivo usado durante a Revolução Constitucionalista de 1932
Durante uma reforma na própria casa, um homem se assustou com um artefato explosivo encontrado durante uma escavação no jardim, na tarde da última terça-feira, 15, em um sítio no bairro do Parque das Varinhas, município de Mogi das Cruzes, em São Paulo. A granada de morteiro surpreendeu pelo peso e tamanho — e pela sua relação com a história do estado.
Após o acionamento do serviço de emergência para a retirada da bomba, a Guarda Civil Municipal foi até o local, constatando que tratava-se de um morteiro Major Marcelino, semelhante aos que eram usados durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Para desarmar a bomba, acionaram a Polícia Militar que, por sua vez, solicitou o amparo do esquadrão antibombas do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais).
Mesmo próximo de completar 100 anos de sua fabricação, a equipe não descartou a possibilidade de perigo do artefato, retirando o explosivo do local e direcionando a um buraco nas redondezas, sendo detonado com segurança. Um boletim de ocorrência foi aberto no 4º Distrito Policial de Mogi das Cruzes a fim de registrar o encontro.
Utilizado na revolução em que as tropas paulistas enfrentaram o exército nacional do governo de Getúlio Vargas — solicitando mudanças políticas e a fundação de uma Assembleia Nacional Constituinte —, o artefato tem o nome de Major Marcelino em homenagem ao seu criador, então major da Força Pública de São Paulo, que adaptou a granada e seu lançador usando um eixo de locomotiva.