Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Meio Ambiente

Suíços realizam funeral para geleira que derreteu

250 pessoas, incluindo moradores da região, ativistas e andarilhos, caminharam para marcar o desaparecimento da geleira Pizol

Isabela Barreiros Publicado em 24/09/2019, às 16h04

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Reprodução
Reprodução

No domingo (22), cerca de 250 pessoas participaram de uma caminhada fúnebre em razão do derretimento da geleira Pizol, localizada nos Alpes de Glarus, nordeste da Suíça, a 2.700 metros de altitude. A montanha era uma das mais estudadas no mundo e desapareceu devido às consequências do aquecimento global.

Alguns vestidos de preto, moradores da região, ativistas pelo meio ambiente e andarilhos que passavam o local fizeram uma trilha de aproximadamente 2 horas para se reunirem na montanha onde a geleira estava situada. Há 120 anos, quando os estudos sobre a geleira começaram, a espessura do gelo era 100 metros. Hoje, no entanto, está entre 2 e 5 metros.

Crédito: Reprodução

A manifestação foi organizada pela Associação Suíça para a Proteção do Clima (SACP), uma das inúmeras ONGs que pedem a redução de emissão de dióxido de carbono no país. Alessandra Degicomi, uma das ativistas da organização, disse á agência de notícias AFP que devido a essa diminuição, Pizol "perdeu tanto de sua essência que, do ponto de vista científico, não é mais uma geleira".

Segundo estudo da Escola Politécnica Federal de Zurique (ETHZ), outras 4 mil geleiras correm o mesmo risco que a geleira Pizol. A pesquisa aponta que, até o fim do século, elas possam ter 90% de seu volume derretido caso nada seja feito para reduzir o efeito estufa, principal motivador do aquecimento global.