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Notícias / Ditadura Militar

Herdeiros de aliados da ditadura militar brasileira ainda recebem pensão do governo

Familiares de ex-servidores públicos que atuaram durante o período militar no Brasil recebem benefícios de até R$ 29 mil

Isabela Barreiros Publicado em 23/01/2020, às 08h00

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Manifestação contra a ditadura no Rio de Janeiro, em 1968 - Memorial da Democracia
Manifestação contra a ditadura no Rio de Janeiro, em 1968 - Memorial da Democracia

A agência de dados Fiquem Sabendo, especializada na difusão de informações obtidas mediante a Lei de Acesso à Informação, solicitou um requerimento ao governo federal para ter acesso a dados de pensionistas da União. Na lista recebida, ainda estavam benefícios destinados a herdeiros de nomes ligados a ditadura militar brasileira.

De acordo com o relatório, filhos e viúvas de um diretor do Dops, de médicos que emitiram laudos fraudulentos de mortos durante o regime e de um policial civil envolvido em execuções continuam recebendo benefícios de até R$ 29 mil.

Um dos nomes é a viúva do delegado Cecil de Macedo Borer. Borer foi diretor do Dops da Guanabara e, segundo a Comissão Nacional da Verdade (CNV), ajudou na tortura do sindicalista José de Souza, que morreu no local. Ele também está na lista que nomeia 377 responsáveis por crimes de Estados acontecidos durante o período autoritário. Sua ex-companheira recebe R$ 29,6 mil da União.

Outros ex-funcionários públicos cujos parentes recebem pensão ainda nos dias de hoje são José Antônio de Mello e Olympio Pereira da Silva, médicos legistas responsáveis por fraudar laudos de necrópsia de presos mortos nas mãos de agentes do Estado; Nelson Costa, policial civil que também atuou em execuções no Dops da Guanabana; entre outros.