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Notícias / Herdeira

Herdeira recusa fortuna de R$ 22 bilhões: 'Algo está errado'

Mais lidas: A jovem estudante de literatura em Viena optou por recusar 90% de uma herança

Redação Publicado em 09/08/2022, às 10h56 - Atualizado em 13/08/2022, às 11h00

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Marlene Engelhorn em entrevista - Reprodução/Vídeo/Youtube/MOMENT Magazin
Marlene Engelhorn em entrevista - Reprodução/Vídeo/Youtube/MOMENT Magazin

Marlene Engelhorn, que atualmente tem 30 anos, seguiu um caminho diferente do que muitas pessoas fazem ao descobrirem que serão agraciados com uma herança. Isso porque ela, que é estudante de literatura em Viena e descendente dos fundadores da Basf, optou por abrir mão de uma fortuna avaliada em R$ 22 bilhões. 

Ao abrir mão de 90% de uma herança de 4,2 bilhões de euros, a jovem explica suas motivações. Apesar de ser descendente de uma empresa química que conta com uma receita de 78 bilhões de euros, conforme informado pelo UOL, Marlene acredita que receber um dinheiro pelo qual não 'deu duro' não trará felicidade.

A jovem estudante receberá o dinheiro de sua avó, Traudl Engelhorn-Vechiatto quando a mesma falecer. Todavia, ela já deixou claro que não pensa em receber a quantia. Em sua visão 'algo está errado'. 

Quando o anúncio foi feito, eu percebi que não poderia ser realmente feliz. Pensei comigo mesma: Algo está errado", explicou Marlene Engelhorn ao conversar com o jornal alemão Der Standard.

Se engana quem imagina que a avó se chateou com a recusa. Marlene, ao ser questionada sobre a reação de sua familiar, disse que ela 'deu uma liberdade enorme de fazer o que quisesse'. 

Marlene faz parte do grupo Milionários Pela Humanidade, que defende que os atuais super-ricos comecem a serem "taxados da mesma forma que os trabalhadores". Com o seu nome na imprensa internacional diante da recusa da herança, ela falou sobre o tema.

Justiça de impostos

 Ao conversar com o canal austríaco ORF2, Marlene enfatizou que é uma questão de 'justiça'. 

"Essa não é uma questão de querer, mas uma questão de justiça. Eu não fiz nada para receber esta herança. Foi pura sorte na loteria do nascimento. Uma coincidência", disse ela ao veículo. 

A jovem também explicou ao veículo o motivo de se comprometer com a 'justiça de impostos'. 

"A sociedade não tem que contar com o fato de que os milionários vão ser benevolentes. Troco ideias com outras pessoas, aprendendo o máximo que eu posso para ver o que funciona e o que não funciona. Para mim, o comprometimento com a justiça de impostos é muito importante, porque isso é que determina como a riqueza vai ser distribuída".