Presa por assassinar a própria mãe, Gypsy Rose foi liberta em dezembro; nova produção documental focará sua liberdade, após prisão em cárcere e em sua antiga casa
Gypsy Rose Blanchard é uma figura que sempre chama bastante atenção, tendo sido a responsável pelo assassinato de sua mãe, Dee Dee, com quem tinha uma história bastante conturbada, em 2015. Após anos de prisão — ela foi liberta em dezembro de 2023 —, seja em cárcere ou em sua antiga casa, ela será foco de uma nova série documental no Lifetime, que abordará sua ressocialização agora, aos 32 anos.
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Conforme noticiado pela Rolling Stone Brasil, a série acompanhará a vida de Gypsy Rose desde os dias anteriores à sua libertação da prisão, no dia 28 de dezembro. "Como vítima da Síndrome de Munchausen por procuração, Gypsy foi abusada durante anos por sua mãe e viveu toda a sua vida em uma prisão ou outra… até agora", informa o comunicado de imprensa sobre o lançamento.
A série segue Gypsy enquanto ela experimenta a vida como uma mulher livre, incluindo finalmente viver com seu marido Ryan Anderson pela primeira vez."
Na nova produção, veremos um "olhar revelador" da vida cotidiana de Gypsy, enquanto ela navega nas novas formas de se relacionar e em sua fama recém-adquirida. "Nesta história de maioridade atrasada, Gypsy deve reconciliar a cultura pop, a versão de celebridade de si mesma enquanto tenta forjar sua nova identidade em um mundo ‘normal’ como esposa, irmã, filha e acima de tudo – uma mulher livre", complementa o comunicado.
Gypsy Rose Blanchard nasceu no dia 27 de julho de 1991 em Golden Meadow, no estado de Luisiana, nos Estados Unidos. Filha de Rod Blanchard e de Clauddine "Dee Dee" Blanchard, ela viveu um verdadeiro caos sob os cuidados de sua mãe, que sofria da síndrome de Munchausen por procuração.
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Esta condição, no caso, ocorre quando alguém afirma falsamente que outra pessoa tem sinais ou sintomas físicos e psicológicos de doença, ou causa ferimentos e doenças em outra pessoa com a intenção de enganar os outros. E foi isso que Gypsy Rose sofreu durante anos.
Quando criança, Gypsy ficou confinada em uma cadeira de rodas, embora pudesse andar, e foi tratada à força com medicamentos que "deixaram meu corpo marcado com cicatrizes físicas e emocionais". Ela ainda teve a cabeça raspada para enganar o mundo, fazendo todos pensar que ela estava doente com leucemia, distrofia muscular e outras doenças.
Não bastassem esses abusos cometidos pela mãe, Gypsy também era mantida presa em casa. Certa vez, quando a garota tentou confiar em um homem que conheceu, sua mãe a amarrou na cama por duas semanas como punição. "Ela usou uma coleira de cachorro para fazer isso depois de me bater", revelou ela em seu novo e-book: 'Released: Conversations on the Eve of Freedom'.
Eventualmente, Dee Dee começou inclusive a furtar lojas, utilizando-se da aparente deficiência da filha como uma vantagem. Até que, em 2015, Gypsy e o então namorado, Nicholas Godejohn, planejaram e realizaram o assassinato de Dee Dee, que levou a dupla a ser condenada. Enquanto Gypsy foi liberta recentemente, Nicholas, que desferiu as facadas na mulher, foi condenado a prisão perpétua.