ONU tem recebido relatos de violação sexual no país invadido por Putin no mês de fevereiro
Em 24 de fevereiro, o mundo recebeu a notícia de que a Rússia havia iniciado o que Vladimir Putin classificou como uma 'operação militar'. Com quase dois meses de guerra, os relatos dos desdobramentos do conflito se intensificam.
Conforme repercutido pela Reuters, um grupo de direitos humanos acusa as tropas russas de estupro. Os relatos têm sido recebidos pela ONU, segundo uma autoridade do órgão em relato ao Conselho de Segurança.
De acordo com Kateryna Cherepakha, atual presidente do grupo La Strada-Ucrânia, a organização tem recebido ligações nas linhas diretas de emergência. Ela diz que os chamados acusaram combatentes russos de terem violado sexualmente 13 mulheres e meninas.
Ao definir as denúncias como 'ponta do iceberg', ela diz que o estupro tem sido usado como 'arma de guerra'.
"Esta é apenas a ponta do iceberg", afirmou ela em vídeo. "Sabemos e vemos — e queremos que vocês ouçam nossas vozes— que a violência e o estupro são usados agora como arma de guerra por invasores russos na Ucrânia".
A Rússia, que recentemente negou o massacre de mais de 400 pessoas em Bucha, já disse que a invasão liderada por Putin não atacou civis. No entanto, a Organização das Nações Unidas diz que seus monitores de direitos humanos atuam na verificação das acusações, que até mesmo denunciam um estupro coletivo feito na frente de crianças.
Dmitry Polyanskiy, que atua como vice-embaixador da Rússia no órgão se pronunciou no Conselho de Segurança nesta segunda-feira, 11.
"A Rússia, como afirmamos mais de uma vez, não faz guerra contra a população civil", afirmou ele.