Como uma das primeiras ações no novo cargo, o presidente norte-americano pretende revogar a chamada ‘política da Cidade do México’
Logo após tomar posse, Joe Biden anunciou para a Organização Mundial da Saúde (OMS) de que vai seguir por outra postura em relação ao aborto nos Estados Unidos. Para iniciar as mudanças, Biden nomeou Anthony Fauci como diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID), para comandar a delegação dos EUA no grupo de saúde global.
Segundo o jornal The Guardian, Biden pretende revogar a 'política da Cidade do México' e abandonar por completo o posicionamento do ex-presidente Donald Trump sobre saúde reprodutiva e direitos sexuais.
Essa política — criada por Ronald Reagan em 1984 — tornava proibído os abortos realizados por ONGs estrangeiras, como condição para que elas recebessem ajuda de planejamento familiar do governo. Depois de Reagan, a 'política da Cidade do México' foi revogada por todos os presidentes democratas e defendida por todos os republicanos.
Junto à Trump, o presidente do Brasil, Bolsonaro também está no grupo antiaborto com mais 30 países. De acordo com a Istoé Dinheiro e o UOL, o argumento mantido por eles era de que havia “uma manobra nas entidades internacionais para incluir termos como direito à saúde reprodutiva e sexual nos programas, o que legitimaria o aborto”.