Músico foi destaque na mídia francesa ao discorrer sobre a política do Brasil
Aproveitando o período em que está em Paris, na França, para seu show na Filarmônica da cidade, que aconteceu na última segunda-feira, 25, Gilberto Gilconcedeu entrevistas para a mídia francesa e foi destaque no jornal Le Monde e na revista Télérama.
Aos principais meios de comunicação do país, o músico discorreu sobre o contexto político atual do Brasil e criticou as medidas tomadas pelo presidente, Jair Bolsonaro (sem partido). Para o artista, "nossos representantes precisam ser substituídos."
"Bolsonaro ignora todas as necessidades culturais dos brasileiros”, afirmou Gil ao Télérama. "Ele também não entendeu a necessidade para a nossa sociedade de se abrir ao mundo. Nossa diplomacia tem que ser completamente repensada, nossos representantes precisam ser substituídos”.
A declaração faz referência às decisões de Bolsonaro em relação aos cortes na área da cultura do país. Como relata a Rolling Stone, a falta de investimentos fez com que o ministério fosse reduzido a uma subsecretaria.
"Minha missão como artista é de encorajar essa tomada de consciência. E hoje diversos artistas se dedicam a essa missão comigo," destacou o artista.
O músico também relembrou o período em que foi ministro da Cultura durante o governo do ex-presidente Lula, entre 2003 e 2008. Ele comentou que, mesmo aos 79 anos, ainda continua lutando pela cultura do país, ainda ressaltou o que já alcançou no passado.
"Durante meu mandato, mais de 3 mil locais de cultura, com material multimídia e acesso à internet, foram inaugurados, especialmente nas favelas e nas comunidades indígenas da Amazônia: apenas por esse projeto, meus cinco anos no ministério valeram a pena”, disse.