Condenado a mais de 33 anos pelos assassinatos do pai e madrasta, Rugai cumpre pena em semiaberto na Penitenciária de Tremembé
Em 2013, Gil Rugai foi condenado a 33 anos e nove meses de prisão pelos assassinatos de seu pai e sua madrasta, mortos em 28 de março de 2004, quando o réu tinha apenas 20 anos.
Atualmente, Rugai cumpre sua pena em regime semiaberto — na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, no interior de São Paulo —, mas sua defesa entrou com o pedido na Justiça para que ele passe o restante da condenação em regime aberto.
Segundo relata o G1, o pedido foi emitido no final de julho, mas ainda segue em tramitação e não há uma decisão da Justiça. O documento afirma que Gil "sempre ostentou um ótimo comportamento carcerário, estando em atividades laborterápicas e dedicando-se aos estudos e projetos sociais direcionados à população carcerária".
Ainda no pedido, a defesa de Gil Rugai pediu para que a Justiça recalcule a data-base para a entrada do pedido de progressão de pena para o regime aberto — o que os advogados do condenado apontam que deveria ter sido feito em meados de 2020.
No entanto, no último dia 14, o Ministério Público emitiu uma resposta apontando que o pedido deveria ser analisado com cautela, visto a gravidade dos atos cometidos por Rugai — que cometeu os crimes após seu pai descobrir que ele desviava dinheiro da empresa da família. Luiz Rugai foi alvejado com seis tiros, sendo um na nuca; já Alessandra Troitino com cinco.
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Portanto, o MP ainda solicitou a realização de exame criminológico: "Pese o atestado de boa conduta carcerária, força convir que este não se mostra suficiente para comprovar que o sentenciado em questão está apto a progredir a um regime prisional menos rigoroso, voltando ao convívio social e à companhia dos integrantes da sociedade ordeira que outrora ofendeu".
Em contrapartida, na semana posterior, a defesa de Gil Rugai entrou como uma nova petição, contestando a resposta do MP, apontando que o pedido de exame criminológico "deve ser fundamentado com base no histórico carcerário do reeducando" — o que "fora totalmente ignorado".
A advogada de Rugai, Thais Merino Barros, ainda recorda que seu cliente sempre teve "ótimo comportamento carcerário", sendo beneficiado de diversas saídas temporárias por conta disso. Além de relembrar que Gil atualmente cursa a faculdade de Arquitetura, o que, segundo Thais, "demonstra seu comprometimento com a terapêutica pena".
Conforme recorda o G1, após receber autorização do Superior Tribunal de Justiça, Gil Rugai se matriculou, em maio deste ano, no curso de graduação em arquitetura. Em março, ele obteve habeas corpus do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, que reverteu a decisão do Tribunal de Justiça.
Com isso, Gil Rugai poderá deixar Tremembé durante o horário letivo: das 17h às 23h30, aponta a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Gil estuda na faculdade Anhanguera em uma cidade vizinha a Tremembé. Ele também precisa usar tornozeleira eletrônica para frequentar as aulas, apresentar comprovação de frequência e ter boas notas.
