Algumas vítimas seriam da etnia masalita, demonstrando uma possível motivação racial por trás da carnificina
Na região oeste do Sudão, autoridades descobriram uma vala comum com nada menos que 87 corpos, com alguns deles pertencentes a indivíduos da etnia masalita.
No decorrer das últimas semanas, vale mencionar, os homicídios motivados por discriminação étnica tem aumentado em frequência no país, segundo informou o The Guardian. O povo Masalit, em particular, que é um grupo étnico não-árabe, é um alvo recorrente da onda de violência.
Outro detalhe relevante é que a milícia conhecida como Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla original) nega envolvimento com a vala recém-descoberta e suas dezenas de cadáveres, alegando que ela seria um resultado de conflitos tribais. O escritório de direitos humanos da ONU com sede no Sudão, todavia, afirma ter "informações confiáveis" conectando o RSF ao massacre.
De 15 de abril para cá, o território sudanês passa por uma guerra civil entre seu exército oficial e as Forças de Apoio Rápido (RSF), que é uma associação militarizada que funciona independentemente das Forças Armadas sudanesas.
Esta milícia rebelde não é contra o exército, mas contra o cidadão sudanês, e seu projeto é um projeto racista e um projeto de limpeza étnica", apontou Brig Gen Nabil Abdullah, que atua como porta-voz do exército do Sudão, em uma entrevista à Reuters.