Abertura de fronteira, restrita à cidade de Rafah, foi autorizada após acordo entre Egito, Israel e Hamas
Na madrugada desta quarta-feira, 1º de novembro, um acordo entre Egito, Israel e o Hamas possibilitou a abertura da fronteiraentre o Egito e a cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza. A possibilidade de escapar dos riscos do conflito, porém, ainda acontece somente de forma limitada.
De acordo com o UOL, esta é a primeira vez que a passagem entre a Faixa de Gaza e o Egito é liberada desde o início da guerra, que ocorreu no dia 7 de outubro. Com isso, agora os feridos podem ser encaminhados a hospitais apropriados dentro do Egito.
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Um encarregado médico da cidade de Al Arish, no Egito, contou na terça-feira, 31, à AFP que "profissionais estarão presentes na passagem [de Rafah] para examinar os casos procedentes [de Gaza] desde sua chegada [...] e determinar os hospitais para onde serão enviados." Fontes da região da fronteira confirmam a história.
Outras fontes médicas também informam que para receber os refugiados, o Egito preparou um hospital de campanha na região de Sheikh Zuwayed, no Sinai.
Alessandro Candeas, embaixador do Brasil na Palestina, contou ainda que nenhum brasileiro foi colocado na primeira lista de pessoas que escaparam até o Egito. Em vez disso, estão autorizados a sair, até o momento, nacionais da Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca, além de membros da Cruz Vermelha e de ONGs.
Enquanto isso, ainda nesta quarta-feira chegou na cidade do Cairo, no Egito, um avião da Força Aérea Brasileira carregando doações de mantimentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) à Faixa de Gaza.