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Notícias / Paleontologia

Fóssil inédito de 270 milhões de anos é encontrado durante caminhada em SC

Um fóssil com cerca de 270 milhões de anos foi descoberto na cidade de Major Vieira, Santa Catarina, por um grupo de moradores locais

Luiza Lopes Publicado em 09/08/2024, às 10h10

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Fóssil com cerca de 270 milhões de anos encontrado em Santa Catarina - Arquivo pessoal
Fóssil com cerca de 270 milhões de anos encontrado em Santa Catarina - Arquivo pessoal

Um fóssil com cerca de 270 milhões de anos foi descoberto na região de Pulador, na cidade de Major Vieira, Santa Catarina, por um grupo de moradores locais durante uma caminhada pela região.

O objeto, inicialmente identificado como uma pedra comum, foi posteriormente analisado e classificado como um fóssil por Luiz Weinschütz, geólogo e doutor em geociência, que também coordena o Centro de Pesquisa Paleontológica da Universidade do Contestado (Cenpaleo), conforme relatado pelo O Globo. 

Em entrevista ao jornal, Weinschütz contou que o fóssil pertence a uma espécie de árvore conífera, que são plantas que produzem pinhas e possuem ramos em formato de cone, como os pinheiros e as araucárias.

Segundo o especialista, fósseis desse tipo são conhecidos na comunidade paleontológica, mas esta é a primeira vez que tal espécime é encontrado em Major Vieira.

O geólogo destacou a importância deste achado para a compreensão da história geológica e evolutiva da região.

Mesmo que esse fóssil já seja conhecido, quanto mais pontos de ocorrência tivermos, mais informação teremos desse organismo. Cada vez mais, vamos juntando as peças do quebra cabeça para entender o passado remoto da história da Terra. Esta é mais uma janelinha que se abre", explicou Weinschütz ao O Globo. 

Após a descoberta, o fóssil foi doado à Escola de Educação Básica Luis Davet, em Major Vieira, onde será utilizado como material didático.

'Processo raro'

Weinschütz ainda salientou que, embora fósseis sejam relativamente comuns em algumas partes do Brasil, a fossilização é um processo raro, dependendo de condições específicas para ocorrer.

"Depende de várias circunstâncias: o organismo precisa ter um recobrimento rápido; tem que ser soterrado; ficar em uma região com baixa oxigenação para as bactérias não decomporem; não pode ter sofrido erosão; e precisa sofrer todo o processo que um sedimento passa para se transformar em rocha. Então, são momentos raros", pontuou ao veículo. 

Vale lembrar que Santa Catarina já foi palco de outras descobertas paleontológicas importantes, como o escorpião mais antigo do hemisfério sul, encontrado em Canoinhas.