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Notícias / Fóssil

Fóssil do ‘predador mais antigo do mundo’ é descoberto em floresta na Inglaterra

Espécime pode ser de precursor dos cnidários, grupo que inclui corais, águas-vivas e anêmonas

Redação Publicado em 26/07/2022, às 13h24

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Ilustração do Auroralumina attenboroughii e fóssil encontrado na Inglaterra - Divulgação / Simon Harris/Rhian Kendall/BGS/UKRI
Ilustração do Auroralumina attenboroughii e fóssil encontrado na Inglaterra - Divulgação / Simon Harris/Rhian Kendall/BGS/UKRI

Pesquisadores britânicos identificaram o fóssil do predador mais antigo do mundo, que data de 560 milhões de anos atrás, encontrado na floresta de Charnwood, em Leicestershire, que pode ser um precursor dos cnidários.

O espécime foi batizado de Auroralumina attenboroughii em homenagem ao naturalista David Attenborough, apresentador da BBC, e seu primeiro nome faz referência à expressão do latim cujo significado é "lanterna do amanhecer".

Para o autor do estudo que descreveu a descoberta, publicado na revista Nature Ecology and Evolution, Frankie Dunn, da Universidade de Oxford, o fóssil “parece uma tocha olímpica, com seus tentáculos sendo as chamas".

Segundo a BBC, o local onde o material foi identificado havia sido originalmente descoberto em 2007, mas demorou para ser entendido pelos cientistas, que estavam limpando a face rochosa de Charnwood na época.

Rocha onde o espécime foi encontrado / Crédito: Divulgação / BGS/UKRI

A principal hipótese da pesquisa é que tanto o Auroralumina quanto os outros fósseis encontrados na laje longa e inclinada de uma pedreira tenham sido enterrados por uma corrente de sedimentos e cinzas vinda da lateral submarina de um antigo vulcão.

Agora, entendendo a área e a posição exata do fóssil, foi possível entender como o espécime de 20 centímetros de altura é cotado para ser o primeiro predador do reino animal, fazendo com que as evidências se situem a cerca de 20 milhões de anos antes do que se pensava.

Auroralumina attenboroughii

O fóssil / Crédito: Divulgação / Simon Harris/Rhian Kendall/BGS/UKRI

O estudo também destacou que trata-se ainda do primeiro exemplo de um organismo do tipo que apresenta um esqueleto verdadeiro. Também foi observada bifurcação, ou seja, a divisão em dois ramos ou partes, no fóssil.

"É um forte indício de que existiam organismos de aparência mais moderna no Pré-Cambriano. Isso significa que o 'pavio' para a explosão cambriana foi provavelmente bastante longo", destacou Phil Wilby, líder de paleontologia do Serviço Geológico Britânico.

"O que é realmente interessante é que o animal se bifurcava”, acrescentou Frankie Dunn. “Então você tem esses dois 'cálices' presos perto de sua base, e havia um pedaço contínuo de esqueleto descendo até o fundo do mar, mas esse pedaço nós não encontramos. Infelizmente, o fóssil está incompleto".

Os autores ressaltaram que o Auroralumina mostra como o seu grupo dos cnidários — que inclui corais, águas-vivas e anêmonas — é mais antigo do que se pensava, tendo uma herança que remonta ao período Ediacarano, entre 635 e 538 a milhões de anos atrás.


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