Fósseis bem preservados de pterossauros, répteis que dominaram os céus durante a era dos dinossauros, revelaram diferentes estilos de voo; entenda!
Redação Publicado em 10/09/2024, às 12h40
Fósseis bem preservados de pterossauros, répteis que dominaram os céus durante a era dos dinossauros, revelaram diferentes estilos de voo entre as espécies, conforme um estudo publicado na última sexta-feira, 6, no Journal of Vertebrate Paleontology.
Enquanto alguns pterossauros batiam as asas para voar, outros planavam, como fazem os abutres. Os fósseis analisados datam de 66 a 72 milhões de anos, e foram encontrados na Jordânia em 2007.
Tomografias computadorizadas de alta resolução revelaram detalhes inéditos da estrutura óssea de duas espécies, incluindo a nova Inabtanin alarabia, com uma envergadura de 5 metros, e a já conhecida Arambourgiania philadelphiae, que podia atingir 10 metros.
Os ossos do Inabtanin mostraram uma estrutura interna que sugere voo ativo, semelhante ao de pássaros modernos, enquanto os ossos do Arambourgiania sugerem que ele era mais adaptado ao voo planado.
À CNN, Kierstin Rosenbach, autora principal do estudo e paleontóloga da Universidade de Michigan, afirmou que essas descobertas são fundamentais para entender como diferentes pterossauros evoluíram estilos variados de voo.
“Isso me leva a acreditar que o voo batendo as asas é a condição padrão, e que o comportamento de planagem evoluiria mais tarde se fosse vantajoso para a população de pterossauros em um ambiente específico; neste caso, o oceano aberto”, disse Rosenbach.
Nesse sentido, o estudo destaca como essas espécies se adaptaram a diferentes ambientes, fornecendo novas pistas sobre sua diversidade e capacidades de voo antes de serem extintos, há 66 milhões de anos, conforme repercute a CNN Brasil.
“A estrutura óssea interna desses fósseis sugere que eles experimentaram as forças mecânicas associadas ao voo. Podemos pensar nessas descobertas como uma peça do quebra-cabeça de evidências crescentes de que grandes pterossauros mantiveram a capacidade de voar em tamanhos corporais extremamente grandes", acrescentou a autora.
