O animal, que viveu há 28 mil anos, foi mumificado pelo gelo e encontrado por caçadores de presas de mamute na Sibéria
Enquanto exploravam uma gruta na Sibéria, caçadores de presas de mamute acabaram fazendo uma descoberta surpreendente. Segundo informações repercutidas pelo G1 na última sexta-feira, 06, tratam-se de dois filhotes de leão-das-cavernas da Era do Gelo.
Ainda que os animais tenham sido encontrados entre 2017 e 2018, o estudo dos restos foi finalizado só este ano. Nesse sentido, os especialistas revelaram que o exemplar mais intrigante entre os animais é de uma fêmea, que, apesar de possuir 28 mil anos, segundo estimado pelos pesquisadores, está em um impressionante estado de preservação.
Batizada de Sparta pelos cientistas que a estudaram, a leoa pré-histórica, que foi mumificada pelo gelo, possuía até mesmo seus bigodes ainda conservados.
Foi absolutamente impressionante. Você sabe que pode encontrar algo, mas parecia que tinha morrido há apenas dois dias”, comentou o professor Love Dalén, que foi o principal autor do estudo, em entrevista ao Euronews.
O especialista afirmou ainda que Sparta provavelmente é o animal da Era do Gelo mais conservado já encontrado. O outro filhote, por sua vez, foi chamado de Boris e é ainda mais antigo, tendo cerca de 43,5 mil anos de idade.
O fato de dois leões-das-cavernas terem sido enterrados a poucos metros de distância um do outro na mesma caverna da Sibéria indicou ainda que aquele era um local usado com frequência pela espécie para procriação. Para os cientistas, a descoberta das múmias ainda ajuda a identificar algumas das características dos leões do passado.
Conforme repercutido pela Euronews, uma análise dos dentes dos filhotes revelou, por exemplo, que os animais precisavam começar a consumir carne mais cedo, provavelmente para conseguir resistir aos invernos implacáveis da região.