A peça de cera tem cerca de 500 anos e pode revelar aspectos nunca explorados. Entenda!
De acordo com informações publicadas nesta sexta-feira, 16, pela CNN, especialistas do Victoria & Albert Museum (V&A), de Londres, descobriram em uma estátua de cera uma marca que pode ser a impressão digital do mestre da Renascença, Michelangelo.
A estatueta em questão intitulada ‘A Slave’ é feita de cera em uma coloração vermelha escura. A obra de arte serviu como um esboço para uma escultura que nunca chegou a ser finalizada. Segundo os pesquisadores, é possível que a impressão do pintor tenha sido pressionada no material.
"É uma perspectiva empolgante que uma das impressões de Michelangelo possa ter sobrevivido na cera [...] Essas marcas sugeririam a presença física do processo criativo de um artista”, afirmou um dos curadores seniores do V&A, Peta Motture, em comunicado para a BBC.
Os pesquisadores concluíram que a peça foi produzida para integrar o elaborado e extenso projeto da tumba do Papa Júlio II, entre os anos de 1516 e 1519. A estátua retrataria uma figura jovem despida com o braço cobrindo o rosto. A versão maior da obra, intitulada ‘Young Slave’ não chegou a ser concluída.
De acordo com os especialistas, Michelangelo tinha o costume de destruir suas peças de esboço, por isso, caso comprovado, a impressão digital oferece uma rara perspectiva sobre os primeiros processos do artista, onde segundo os pesquisadores “a mente e a mão [do pintor] de alguma forma se unem".
Todos os detalhes do estudo serão divulgados em um novo episódio do documentário da BBC ‘Secrets of the Museum’.