A Conspiração para matá-lo era conhecida, mas especialistas achavam que ela tinha falhado. Um exame computadorizado mostra que não foi bem assim.
O faraó Ramsés III foi um dos últimos grandes do Antigo Egito. Em seu longo reinado, lidou com crises políticas e econômicas, bem como invasões de povos exteriores. Ainda assim, conseguiu se manter no trono por 31 anos, até sua morte que, pensava-se, tinha sido por causas naturais.
No entanto, uma tomografia computadorizada feita na múmia do antigo faraó revelou que ele, na verdade, foi assassinado.
Há muito tempo, sabe-se de uma conspiração idealizada por uma das esposas dele, Tiye, para matá-lo e colocar o filho deles no trono, Pentaware. O evento, batizado de Conspiração do Harém, está registrado num dos mais antigos papiros sobreviventes daquela época e é conhecido como Papiro de Turim, por estar num museu da cidade, na Itália.
Por muito tempo, pensava-se que a conspiração havia falhado, principalmente porque o documento presente no museu italiano, feito por seu sucessor, Ramses IV, contém as punições merecidas para cada um dos envolvidos
A tomografia revelou que o faraó foi morto com um corte profundo na garganta, onde, inclusive, os pesquisadores já tinham percebido que as bandagens eram mais grossas na região do pescoço.
Agora, o caso de 3000 anos parece ter sido finalmente elucidado. O autor do crime pode ser qualquer um que participou da Conspiração do Harém. Tiye é a principal suspeita, mas todos pagaram por ele.
O cadáver embalsamado do faraó foi encontrado no Vale dos Reis no final do século 19 e se tornou o protótipo de múmia usada pela cultura ocidental.
Os cientistas demonstraram, também, renovado interesse na Esfinge depois que estudos e escavações apontaram indícios de que ela estaria sobre uma complexa rede de túneis e câmaras.