Análise de cientistas chineses indica que as populações de répteis do Cretáceo já estavam diminuindo antes do evento
Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 21/09/2022, às 14h48
Um revolucionário estudo publicado pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) na última segunda-feira, 19, conquistando a capa da edição, sugere que a extinção dos dinossauros incluiu outro fator além do impacto do asteroide.
De acordo com a pesquisa, realizada por cientistas chineses, as populações de répteis primitivos já teriam passado por uma queda global muito antes do evento de destruição em massa.
Para chegar nesta teoria, eles analisaram cerca de mil cascas de ovos fossilizados de dinossauros, conforme informações repercutidas pelo portal CGTN. Curiosamente, os vestígios, que foram encontrados na região central da China e datam de até 2 milhões de anos antes do meteoro, pertenciam a apenas três espécies.
A descoberta indica a ocorrência de uma perda de diversidade muito antes da queda do asteroide. Essa menor diversidade, por sua vez, poderia ocasionar não apenas um declínio populacional dos répteis do Cretáceo, como também os tornaria mais vulneráveis à extinção em massa.
Em uma coincidência infeliz, o período de suposta vulnerabilidade também foi aquele onde a rocha espacial devastou o planeta Terra.
Vale mencionar que, além de suas próprias análises dos ovos fossilizados, o artigo usou dados de estudos da América do Norte para melhor embasar sua hipótese.
O trabalho dos especialistas chineses, aliás, dá margem a outros questionamentos, como o motivo pelo qual a diversidade dos répteis primitivos declinou. Neste caso, ainda de acordo com o CGTN, os pesquisadores acreditam que os culpados sejam mudanças climáticas e erupções vulcânicas.
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