De origem polonesa, Pulaski lutou ao lado dos americanos contra os britânicos no século 18
Nascido em 1745, em Winiary, na Polônia, o general Casimir Pulaski se uniu ao exército americano em 1777, durante a Guerra de Independência dos Estados Unidos. Lutou contra as tropas britânicas e se tornou um herói de guerra tanto na Polônia quanto nos EUA.
Há cerca de 20 anos, cientistas americanos exumaram o corpo de Pulaski, sepultado na cidade de Savanah, na Geórgia, onde morreu após uma batalha. Os especialistas descobriram que o esqueleto apresentava características femininas, mas não conseguiram determinar se os ossos pertenceram realmente ao general.
Recentemente, pesquisadores fizeram um exame a partir do DNA da sobrinha neta de Pulaski e confirmaram que os ossos eram mesmo dele.
Segundo Virginia Hutton Estabrook, professora assistente de antropologia na Georgia Southern University, “uma das características que diferenciam os esqueletos masculinos e femininos é a pélvis”. Nas mulheres, a cavidade pélvica tem formato mais oval, enquanto nos homens ela apresenta forma semelhante a um coração. A pélvis do esqueleto de Pulaski revelou-se pertencente a uma mulher.
Além disso, o esqueleto mostrava sinais de desgaste causado pela equitação e uma ferida de batalha na mão direita – o que é coerente com a história do general. Ao mesmo tempo, a estrutura facial e o ângulo da mandíbula são femininos.
A equipe acredita que o general era uma mulher que vivia como homem ou era intersexual. De acordo com Estabrook, havia hormônios masculinos suficientes no corpo, de modo que Pulaski tinha pelos faciais e calvície masculina. “Obviamente, houve algum desenvolvimento genital porque temos seus registros batismais e ele foi batizado como filho”, afirmou a pesquisadora.
A descoberta será apresentada em um documentário produzido pelo canal americano Smithsonian Channel, chamado America's Hidden Stories: The General Was Female?