Por 8 anos a mulher fez parte da família real do país, relação com ex-marido era turbulenta
Isabelly de Lima, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 01/06/2022, às 15h40 - Atualizado às 18h01
A ex-princesa do Qatar, Kasia Galanio, 45, foi encontrada morta no último domingo, 29, em Marbella, na Espanha. Sem sinais de violência, a mulher teria morrido de overdose de drogas, segundo algumas informações iniciais sobre o caso.
Mas, de acordo com o The Mirror, a autópsia ainda não foi realizada. Nos seus últimos anos de vida, ela vivia em uma casa do ex-marido, de 73 anos, e seu tempo era gasto — ao menos boa parte dele — com viagens, o que ostentava em suas redes sociais.
Kasia foi integrante da família real do Qatar durante alguns anos, como esposa do emir do país, Tamim bin Hamad bin Khalifa Al Thani. Separada do membro real desde 2012, eles possuem juntos três filhas adolescentes.
Kasia nasceu e foi criada em Los Angeles, e possuía nacionalidade polonesa. Ela estava na universidade quando fez uma viagem à Paris, onde conheceu Tamim — à época, uma amiga, que tinha o membro real como cliente, precisou visitá-lo para pegar algumas assinaturas. Chegando lá, Galanio e Al Thani tiveram um breve contato que, mais tarde, se tornaria um interesse amoroso.
Quando voltou para sua cidade natal, ela foi recebida com muitas rosas em sua caixa de correios, sendo essa a primeira demonstração real de interesse por parte do então emir. Essas informações foram reveladas por ela em uma entrevista ao canal de Youtube Women's World Show TV. Eles se casaram mais tarde, em 2004.
Apesar da vida luxuosa que mostrava na internet, a ex-princesa vinha travando uma batalha judicial com o ex-marido, cobrando apoio financeiro; já que o monarca teria se recusado a pagar pensão. Assim também como pedia a guarda das 3 filhas.
Kasia comentou na entrevista que o motivo que a fez cobrar auxílio de Al Thani foi o fato de não ter concluído os estudos depois de começar a se relacionar com ele, se dedicando exclusivamente a sua família.
Minha vida inteira foi criar as nossas crianças. Se eu tivesse terminado a universidade e pudesse trabalhar seria diferente, mas meu trabalho era cuidar da minha família”, disse ela em entrevista.
Na época, a mulher comentou que matinha algum contato com as gêmeas, de 17 anos, mas lamentou a falta de um relacionamento com a mais nova, de 15. Alguns veículos franceses já reportaram que a caçula vive em um palácio, sozinha, sem ir à escola; além disso, o pai não fala com nenhuma das herdeiras, mesmo sendo o responsável legal por elas — tendo a custódia.
O pedido da guarda das filhas foi feito por Kasia em 2012, logo após a separação e, em meio às audiências de custódia, um inquérito foi aberto para investigar a denúncia feita por uma das filhas, que alegou ter sofrido abuso sexual pelo pai quando tinha entre 9 e 15 anos. O tio do atual emir do Qatar nega as acusações e já declarou que a ex-esposa teria transtornos psicológicos e era alcoólatra.
Minhas duas filhas, que são gêmeas, queriam morar comigo, mas ele cortou o contato delas comigo como punição. A mais nova também não pode falar comigo, o que me deixa muito triste. Ela ganha muitas coisas materiais do pai dela, o que é uma espécie de chantagem”, contou Kasia na entrevista.
Depois das declarações, semanas antes de sua morte, a ex-princesa teve o pedido de guarda negado. A Justiça francesa pediu um teste psicológico pericial para, somente depois disso, fazer a reanálise da solicitação.
A defensora de Kasia, Sabrina Boesch e as filhas de 17 anos estão desde ontem, 31, na Espanha para tratar da situação relacionada ao corpo da princesa.