Em meio a uma operação da polícia francesa, cinco pessoas foram presas acusadas de traficarem antiguidades roubadas por cifras milionárias
Uma operação policial na França investiga o tráfico de relíquias antigas saqueadas do Oriente Médio e África, e com isso cinco especialistas acabaram sendo presos para depor contra essa rede criminosa. Uma dessas pessoas, inclusive, é um curador aposentado do Museu do Louvre, em Paris.
A operação, iniciada em 2018, estima que itens roubados tenham sido vendidos por dezenas de milhões de euros, vindos supostamente de locais como Egito, Síria, Iêmen e Líbia — país no qual alguns vieram de zonas sob controle do Estado Islâmico.
Além do funcionário do museu, também foi preso um funcionário da famosa casa de leilões Pierre Bergé & Associés. Por razões legais, os nomes desses indivíduos não puderam ser divulgados. Tanto a casa de leilões como o museu francês se recusaram a comentar as acusações devido a falta de informações sobre o caso.
Nos últimos meses, coleções semelhantes de peças traficadas foram descobertas na Espanha e na Itália, com a UNESCO estimando que o comércio poderia valer entre 5 e 7 bilhões de euros por ano, valor próximo de 30 bilhões de reais.