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Notícias / Rússia

Eurovision não vai barrar a Rússia: 'É um evento cultural, não político'

O presidente Vladimir Putin iniciou a invasão da Rússia na Ucrânia nesta quinta-feira, 24

Redação Publicado em 24/02/2022, às 21h12

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Edição 2021 do Eurovision - Getty Images
Edição 2021 do Eurovision - Getty Images

Diante da invasão da Rússia na Ucrânia nesta quinta-feira, 24, o país liderado por Vladimir Putin tomou sanções dos EUA e tem enfrentado críticas de líderes ao redor do mundo. 

Apesar do ataque que matou mais de 50 pessoas, os responsáveis pela organização do Eurovision, famosa competição musical, anunciaram que a Rússia não será barrada da competição de 2022.

“O Festival Eurovisão é um evento cultural, não político”, explicaram os organizadores através de um comunicado divulgado à NPR e repercutido pela Billboard . “A EBU está, no entanto, preocupada com os eventos atuais na Ucrânia e continuará monitorando de perto a situação.”

Vale ressaltar que o comunicado não foi à toa. A UA:PCB, emissora pública da Ucrânia, solicitou que a Rússia não pudesse participar dessa edição do concurso famoso. Myjola Chernotytsky, atual presidente do conselho da emissora, explicou o pedido.

“O Festival Eurovisão da Canção foi criado após a Segunda Guerra Mundial para unir a Europa. Diante disso, a participação da Rússia como agressora e violadora do direito internacional na Eurovisão deste ano mina a própria ideia da competição", escreveu ele em carta.

Em seguida, ele ressalta a influência da Rússia diante da competição.

“Por favor, note que a participação da Rússia na competição deste ano é fornecida pela All-Russian State Television and Radio Broadcasting Company, que é um instrumento do poder do Kremlin na guerra de informação contra a Ucrânia e constantemente viola os padrões jornalísticos subjacentes à transmissão pública”, escreveu ele, conforme divulgado pela Variety . A exclusão da Rússia deste evento musical de grande escala será uma resposta poderosa da comunidade internacional de emissoras públicas às ações agressivas e ilegais inaceitáveis ​​da Federação Russa e apoio à política hostil de agressão das emissoras estatais do país”.